15 de junho de 2011

Mutações

Se você não gosta da realidade, não dá o play
Se minha letra é ofensiva e é contra suas leis
Porque eu cansei
De ver só pobre sofrer
Enquanto o politico da risada comendo pizza
A gente da risada pra não chorar fingi alegria
E assim a gente vive a vida
Brigando como animais, pra dividir comida
A gente também tem esperança
Só que aqui morreu o sonho de mudança

Dia por dia, verso por verso
Entre árvores submersas no concreto
Respiro um pouco desse ar sufocante
Mutações genéticas constantes
Transformam crianças em homens
E cresce o desejo de vingança
Junto com a sede da matança
Por sangue, dinheiro e poder
Já vem no DNA a vontade de crescer
Não tem um fim, não tem começo
A guerra nasce e cresce dentro do peito

Tentei ver em cores o mundo
Só via em preto e branco de novo
Entre árvores em ambiente escuro
Não aguento tanto descaso com o povo
E eu acredito que vou vencer
Só de estar por aqui
É difícil entender
Quando o fim esta pra vir
Não vou correr do meu destino
Se for pra morrer como ninguém, me mata agora a tiro
Se quiser enfrentar to esperando
Piso nas barreiras que andam colocando
Vivo sem ter dia pra acabar
Se hoje é o ultimo, tudo bem
To feliz em só sonhar.

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