10 de junho de 2011

Ocorrência

Chove toda noite pra molhar o solo
Encharcado de lágrimas nesse mundo ilusório
Cansado da rotina, vamos cair pra briga
Do jeito que der
Armado de esperança, confiança e fé
Ciente das barreiras impostas pela vida
Não vou cair nas armadilhas
Vou na luta, seguindo em frente
Mesmo que isso tire a alegria de muita gente
Que só quando me vêem no chão ficam feliz
Gostariam se eu tivesse umas gramas pra entupir o nariz
Ser simples direto com uma bala
Que invade sua sala
E te explica com sangue na sua cara
Que a realidade ta logo em frente no rio cheio de larvas
Na ponte chapada de mendigo
Que por causas das enchentes ficaram sem abrigo
Não ta dando mais pra suportar
Enxergar tanto sofrimento em todo lugar
E a gente vai sobreviver?
De que jeito se o que mais falta nas mesas é algo pra comer
E eu aqui só observando
O quanto a fome anda matando.

Como que eu vou chorar, se não tenho lágrimas
Na quebrada falta luz, comida, água
E pra matar a sede, só no buteco enchendo a cara
E acorda preso em grades
Privaram da pequena liberdade
E o excesso de tempo, domina sua mente
Te faz monstro suicida, não distingui inocente
O sistema fere como uma ferida em aberto
Dinheiro desviado é rápido, lento é só processo
De 2 a 5 anos de espera
Na paciência com esperança que sua pasta seja aberta
Chegou o limite, olhar é triste
Ação regride na intenção do sonho de ter uma twister
E ser o dono da rua e pega todas menina
Só que acabou perdido no vicio da cocaína
Mais que caiu na armadilha imposta pela vida
Abre o olho, pega o verde e relaxa na brisa
Curti tudo o que tem de melhor pela cidade
Os ladrões, os nóias e a falsidade.

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