19 de dezembro de 2011

Ratos do Estado

Eu escrevo sobre os dias pra trazer melhoras
E o Brasil se tornando uma grande fossa
Igual São Paulo um morto a cada instante
De cada dez, um compra casa, nove vai morar embaixo de pontes
Tiram das ruas os músicos, artistas
Mas deixam lugar pra assaltos de rotina
Os moradores já nem saem mais nas ruas pra se divertir
O medo ofusca qualquer forma de sorrir

Pra ganhar salário minimo, eu ralo todo dia
O deputado não faz nada, e ainda desvia verba pra Ilhas
E eu nem tenho o minímo de moradia
O assistencialismo do Estado
É um fuzil totalmente automatizado
E um tanque de guerra pra equipar as forças armadas
E a gente sendo roubado pelos caras de gravata
Não da nada, já tamo acostumado
A ser escória do Estado
E dividir espaço com rato
Não vai mudar nunca essa tragédia
Brasileiro servindo de inspiração pra filme de comédia

Prepara as peças
Hoje a gente vai pra guerra
Recuperar nossas terras que pelo Estado foi tomada
Pra construir a esplanada
E encher de vagabundo
Enquanto a TV mostra que cadeia é o submundo
É embaçado
Mais de 20 cara pra dois metros quadrados
Quem se regenera vivendo nesse estado
É um modo de sobrevivência pra te transformar em um rato
Esses de laboratório que morre e ninguém da a minima
Constroem prisões de segurança máxima pra prender quadrilha
Mas deixam soltos todos aqueles de Brasília
Enquanto no resto do país, hospital
Virou ponto pra assassinato maternal

Olha a revolta que ta nesse mundão
Aqui moleque aprende a ser homem
Ou a rua ensina a ser ladrão
O Estado mal lhe oferece um caixão
Isso se não te enterrar enrolado em um papelão
E você acha que isso é evolução
Levar do trabalhador sua única esperança de mudança
Que o mês vai ser melhor daqui pra frente, sem choro pra criança
Não tem leite na mesa, nem nescau e pão francês
Aqui nós temos, panela vazia, e o que sobrou de vocês
Os corruptos, os ricos
Os ladrões políticos
Não deixam nada pra nós respirarmos como incentivo
Só esgoto, e restos de lixo
Pra dar como exemplo pros filhos
É o pai pagando pena no presidio
Governador, cadê nosso respeito?
Você disse e prometeu melhoras depois de eleito
Não vejo nada, além de desespero
Pai de família na fila do desemprego
É só isso que nós temos
Pagando uma absurda quantidade de impostos que nem podemos
O dinheiro nós nunca vemos
Nem a fé ta se mantendo
Contaminada por ódio e sofrimento
Quem sabe o antidoto seja uma dose de veneno
Que na 25 de março tão vendendo
Contrabandiada no mercado negro
O brasileiro não tem nada, além de desrespeito.

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